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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Entrevista: Juventude dentro da Igreja Católica.

Estive com o Padre Rodolfo, o paroco na nossa comunidade, para uma entrevista especialmente para o nosso blog, sobre questões relativas a igreja católica que normalmente a juventude tem dúvidas e principalmente, geram polemica dentro da convivência religiosa.

Ela me recebeu com ternura e com calma. Encontrei nele a mesma força de juventude e trabalho que carrego comigo e principalmente, esclareci dúvidas pessoais de uma forma completa, objetiva e em nada, em nada mesmo superficial.

Fica aqui meu agradecimento ao Padre Rodolfo, pela sua dedicação e sua presença constante junto a juventude vicentina.

Separei a entrevista por tópicos e assim, publicarei a seguir.

O despertar do sacerdócio


Questionado respeito de seu despertar ao sacerdócio, padre Rodolfo enfatizou que não houve um momento específico em sua vida, na qual percebeu uma inclinação à Igreja. Originário de família partícipe do catolicismo, sempre participou ativamente do ambiente religioso.

Durante a juventude, pairava sobre si, inúmeras e inquietantes dúvidas inerentes aos jovens, conduzindo-o às reflexões com o objetivo de alcançar respostas concretas a seus anseios.

Nas ações cotidianas e, nas orações, percebera “sinais” reveladores que, interpretara como “dom”, unidade que lhe fizera atentar à possibilidade em trilhar o caminho sacerdotal.

O seminário constituiu-se culminante momento de sua decisão religiosa. Entretanto, houve instantes de insegurança, mas, decidido em prosseguir ao encontro de Jesus Cristo através das atribuições ao sacerdócio e, através da ação de orar, revitalizando-lhe o espírito, ordenou-se padre.


O jovem e a Igreja


Atualmente é difícil atrair os jovens à Igreja, mas, essa dificuldade decorre de toda a história do catolicismo. A Igreja sempre deteve um estigma de instituição da qual participavam essencialmente as pessoas adultas, destituindo os jovens das atividades religiosas, em conseqüência do pouco atrativo que incitava a juventude contemporânea em busca de sua própria identidade. Devido à necessidade do incentivo para a presença desse público adolescente e jovem, os sacerdotes procuram “adaptar-se” ao “linguajar” dessa geração. Um modo eficiente de trazer a juventude à Igreja é a arte em sua ampla vertente. Efetivamente através de danças e músicas, utilizando-se dos instrumentos de percussão, o público jovem é atraído mais facilmente ao encontro de Jesus Cristo. A polêmica revelada faz-se do conservadorismo da instituição católica, pois, preconiza o ensinamento do evangelho condicionado pelos preceitos à formalidade dogmática. Assim, transpor as barreiras de uma tradição secular seria incompreensível.

A militância empenhada pelos representantes católicos mostra-se eficaz. Em Nova Esperança especificamente, a juventude caracteriza-se atuante, exemplo representativo é o Grupo de Oração Goma, no qual há presença massiva de jovens. Além dessa formação, citemos a Sociedade São Vicente de Paulo que milita em nossa comunidade como artífices da caridade, composto de jovens entusiasta à causa cristã.


Dízimo: A contribuição dos fiéis


Questionado relativo às contribuições dos fiéis, respondeu: “O dízimo é uma importante contribuição da qual participa nossos irmãos”. Quando indagado: Em pleno século XXI, diante do sistema capitalista que incita o lucro como objetivo ao cidadão em detrimento dos demais há “resistência” a doação do dízimo? Respondeu: “Acredito que não houve diminuição às contribuições, seria necessário fazer-se uma análise mais detalhada, mas, creio que a participação se mantém inalterada”.


A castidade


“A castidade é um tema polêmico, cotidianamente são vinculados materiais alusivos ao sexo, transformando-o em algo banal. Os meios de comunicação possibilitam o acesso a inúmeras fontes de cunho sexual. Necessita-se que a sociedade atue efetivamente junto aos jovens, orientando-lhes quanto à importância desse assunto. É indispensável que a Igreja contribua para que os fiéis saibam o verdadeiro objetivo da castidade, a virtude da pureza”.


O celibato


A Igreja Católica é caracterizada como uma instituição familiar. Questionado: Essa afirmação não constitui um paradoxo, enquanto o celibato é uma exigência aos representantes católicos? Resposta: “Efetivamente há críticas relacionadas ao celibato, pode-se entender como uma contradição, mas particularmente sou favorável a essa exigência, explico: Em minha concepção, é necessário que o celibato seja mantido, porque devido a necessidade de uma permanente atuação na paróquia, seria difícil conciliar uma vida familiar e paroquial, aliás, nossas famílias são os irmãos da nossa comunidade católica. Além disso todos os que fazem essa escolha de servir a Igreja, está plenamente consciente que ser celibatário é inerente ao sacerdote. Assim, para ser um sacerdote, é indispensável o “dom” a servidão de Jesus Cristo”.


Uma frase aos fiéis que, simbolize o amor de Jesus Cristo por nós:


“A Igreja é um local de encontro com Jesus Cristo, mas, podemos perceber o verdadeiro amor de Cristo em nossas vidas, quando estamos em contato com os irmãos desfavorecidos, aqueles que, necessitam do nosso amor. Doemo-nos aos pobres, amando-lhes como Jesus Cristo os amou.




Vasconcelos França de Abreu

Vasco é aspirante da Conferência São Tiago e é responsável pelas reportagens do blog Vicentivando.

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